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Nutrição

 

Qual a importância dos Antioxidantes?

 

 

Saiba porquê e conheça a importância de uma suplementação antioxidante, para evitar os malefícios dos radicais livres.
Os alimentos contêm nutrientes que são essenciais aos mecanismos de defesa das células, contra os Radicais Livres. Vários destes nutrientes protetores são conhecidos há muito tempo, tais como as vitaminas E e C, e o selénio; outros, só recentemente começaram a ser investigados, tais como os bioflavonóides, os polifenóis, etc.
A condição física e o aumento da atividade das enzimas respiratórias, nos músculos, provocam um aumento da atividade das enzimas antioxidantes, bem como um direccionamento dos nutrientes antioxidantes para estes músculos. Programas de suplementação terapêutica, com estes nutrientes, mostraram aumentar a capacidade antioxidante e, possivelmente, através de meios indiretos, a performance física.
Para percebermos a importância dos antioxidantes, temos que falar nos radicais livres.

Mas o que é um Radical Livre?

É um átomo, ou uma molécula (conjunto de átomos), com um ou mais electrões desemparelhados, na sua órbita externa. Devemos recordar que os electrões gravitam à volta do núcleo do átomo, tal como os planetas giram à volta do sol, só que emparelhados. Se um destes electrões, por qualquer motivo, saltar para fora da sua órbita, a molécula torna-se num radical livre, altamente instável e energético. Para atingirem a estabilidade, têm que “roubar” outro electrão a um outro átomo vizinho (processo designado por oxidação) ficando este reactivo e assim sucessivamente. Dá-se então início à chamada reacção em cascata. Este evento é muito rápido e altamente destrutivo e representa uma séria ameaça para as células vivas e para o organismo. Se se permitir que esta reação continue, irá originar um processo inflamatório, o qual ativará diferentes sistemas de decomposição, incluindo enzimas, hormonas, lípidos de membrana, etc.

Porque é que aparecem os Radical Livre?

Os radicais Livres. podem aparecer devido a vários factores. Para o atleta, cuja capacidade respiratória está muito mais desenvolvida que o normal, o risco é maior. Efetivamente, os atletas podem utilizar 12 a 20 vezes mais oxigénio por minuto que pessoas sedentárias. Ora uma vez que do total de oxigénio inspirado, cerca de 5%, se transforma no ião superoxido, podemos deduzir que a formação de Radical Livre. nos atletas é muito elevada. Contudo, não é só o aumento do consumo de oxigénio que está relacionado com a formação dos radicais livres; a falta de oxigénio transitória, nos tecidos, resultante do levantamento de pesos, ou do exercício anaeróbico (velocistas, p. ex.) pode levar a um aumento dos iões de hidrogénio, os quais, por sua vez, vão reagir com os superoxidos, produzindo espécies reactivas de oxigénio adicionais.
Mas a formação de Radical Livre também acontece devido ao stresse, durante a exposição a produtos tóxicos ambientais, tais como, dioxinas libertadas pelas fábricas de produtos químicos, o fumo do escape dos automóveis, etc. Outras fontes incluem, raios X, raios UV e tabaco. Os Radical Livre. podem formar-se também a partir das carnes e peixes grelhados, ou quando fritamos os alimentos a altas temperaturas, ou em óleos degradados.

Principais Radicais Livres

Os Radicais Livres mais reactivos são os seguintes:
lão Superoxido formado a partir do oxigénio.
Radical Hidroxilo formado a partir do peróxido de hidrogénio. É considerado o mais perigoso de todos.
Oxigénlo Singletoproduz-se quando a luz ultra-violeta ou o ozono, atingem as nossas células.
Todas estas moléculas reactivas, devem ser eliminadas para podermos preservar a vida celular.

Alvos dos Radical Livre

Proteínas as moléculas que compõem as proteínas, são os tijolos que constroem as células, necessários para manter a boa saúde, reparar lesões e tecidos.
As proteínas podem ser enzimas, proteínas estruturais, tais como o colagénio ou a elastina (que se encontra na pele). Quando as proteínas da pele são agredidas, surgem as rugas e o envelhecimento desta. As proteínas do sistema imunitário, protegem-nos das doenças e as proteínas que entram na composição de hormonas, regulam o crescimento e o metabolismo.
Lípidos estes nutrientes entram na composição das membranas celulares, transmitem informação dentro das células e comunicam sinais entre as células. Um dos exemplos mais I flagrantes do ataque aos lípidos é a chamada lipoperoxidação, isto é, o ataque aos ácidos gordos contidos no colesterol-LDL (mau colesterol). É este ataque que conduzirá, progressivamente, à aterosclerose, doença cardíaca e, em último caso, ataque cardíaco.
DNA as moléculas que compõem o DNA, contêm toda a informação genética do nosso corpo. Os danos causados pelosRadical Livre. ao DNA, podem afectar severamente a nossa esperança de vida, ao causarem mutações no DNA celular.
Assim, os Radical Livre. podem conduzir à aterosclerose, à doença cardíaca, cancro, cataratas, enfraquecimento do sistema imunitário, envelhecimento da pele, perda de memória, doença de Alzheimer, etc.
Para o atleta, as lesões, as dores musculares e a dificuldade em recuperar, após o treino, são os problemas mais comuns, originados pela acção dos Radical Livre.

O nosso sistema de defesa antioxidante

Os nossos sistemas de defesa antioxidantes, captam e aniquilam o excesso de Radical Livre. Estes antioxidantes, constam de enzimas, pequenas moléculas produzidas nas nossas células, vitaminas e minerais. Deste exércitoantioxidante, nem todos os soldados podem ser produzidos pelo nosso organismo (exógenos) e, por isso, têm que ser obtidos pelos alimentos.
- Antioxidantes Endógenos: enzimas SOD, catalase e glutatião peroxidase.
- Antioxidantes Exógenos: beta caroteno, vitaminas C, E, selénio, zinco, cobre, manganês, ácido lipóico, polifenóis, bioflavonóides, isoflavonas da soja, extracto de alho envelhecido, etc.

Porquê tomar Antioxidantes?

Em condições normais, o nosso sistema de defesa interno é suficiente para nos proteger.
Mas, como já vimos, a produção de Radical Livre. pelos atletas anda muito acima do normal, o que deixa o atleta vulnerável. Por outro lado, será que há algum atleta que consuma as cinco doses de vegetais, frutos e legumes verdes por dia, recomendados pelo American College of Sports Nutrition (A.C.S.M.)? Não devemos também esquecer que os alimentos, quando nos chegam à mesa, estão muito empobrecidos, os mais variados nutrientes, que o ar que respiramos, não é propriamente puro, tal como a água que bebemos.
Vários estudos demonstram que no que diz respeito, por exemplo, à vitamina E, pode ser necessário consumir 5 vezes mais, a dose diária recomendada, para prevenir os danos dos Radicais Livres.
Um estudo recente efetuado com jogadores de basquete profissionais, mostrou que uma suplementação com 1g de vitamina C, 600mg de vitamina E e 32mg de beta-caroteno por dia, durante a época, demonstrou uma diminuição significativa nos níveis da lipoperoxidação (fator causador de danos celulares) e uma melhoria do status do stress oxidativo.

Plano básico de suplementação antioxidante para atletas:

- N-acetil cisteína: 50-300mg
- L-glutatião: 100-200mg
- B-caroteno: 10.000-25.000U.I.
- Vitamina C, como:
ácido ascórbico: 2-10g
ascorbato de cálcio: 500-1000mg
- Vitamina E (complexo de tocoferóis): 200-800U.I.
- Zinco: 10-60mg
- Selénio: 200-400mcg
- Co Q10: 30-60mg

As variáveis que influenciam a dose de antioxidantes a tomar:

1 – Duração e intensidade do treino – quanto mais se treinar maiores são as necessidades;
2 – Percentagem da massa gorda – quanto maior, maiores as necessidades.
3 – Idade – quanto mais velho, acima dos 30, maiores as necessidades.
4 – Dieta – quanto menos vegetais, frutos, legumes verdes, etc., maiores são as necessidades.
5 – Ambiente – quem reside em áreas muito poluídas, deverá fazer um reforço em antioxidantes.

Quando e como tomar?

Os antioxidantes devem tomar-se às refeições, em doses divididas ao longo do dia.
Se não está habituado a tomar antioxidantes, começar sempre pela dosagem mais baixa.



A Cafeína no Desempenho Esportivo

 

 

Substância presente em vários produtos consumidos diariamente, como o guaraná, o mate, o chocolate, o café, alguns refrigerantes e chás, a cafeína é a droga estimulante mais ingerida do mundo, sendo considerada aceitável por ser utilizada há muito tempo e de forma ampla. Sua utilização por atletas, com a intenção de melhorar a performance, tem se tornado popular nas últimas décadas, devido aos estudos sobre seus efeitos ergogênicos.
Tema de diversos estudos na área esportiva, a cafeína parece produzir efeitos benéficos tanto em esforços nos exercícios mais curtos e de alta intensidade até os esforços submáximos. Entre os mecanismos que podem explicar a melhora da performance estão:  

efeito poupador das reservas de glicogênio (combustível energético limitante em exercícios de endurance) durante a atividade física, provavelmente por elevar as taxas de ácidos graxos livres no sangue.  

estímulo do sistema nervoso central, aumentando o estado de alerta, estimulando a circulação sanguínea e o funcionamento cardíaco.  

estímulo da contração muscular, melhorando o desempenho em exercícios de alta intensidade e curta duração.
Estudos recentes indicam que ocorrem benefícios ao desempenho quando a cafeína é consumida em doses de 1 a 3mg/kg de peso, parecendo não haver uma relação da dose com o efeito da ingestão da cefeína; são observados benefícios com dose pequena, não ocorrendo aumento nos benefícios com o consumo de quantidades maiores.

Efeitos Colaterais

A cafeína é relativamente segura, mas as tolerâncias individuais variam e com isso pode haver efeitos colaterais. O consumo excessivo pode provocar rubor facial, ansiedade, nervosismo, tremor, insônia, e até mesmo, arritmias cardíacas e perda de memória. Além disso, pode ocorrer aumento da temperatura corporal, podendo prejudicar o desempenho em exercícios realizados em altas temperaturas. Por aumentar a diurese, a cafeína pode promover a desidratação.

Proibição e Monitoramento

A cafeína esteve incluída na lista de substâncias proibidas pela World Anti Doping Agency (WADA) na classe de estimulantes (A) até final do ano de 2003. Entretanto, mais recentemente a cafeína foi retirada da lista de substâncias proibidas, sendo incluída em um programa de monitoramento, o qual será feito por meio de acompanhamento na incidência do uso de cafeína pelos atletas.
A Medicina Esportiva estabelece um conceito para o termo “agente ergogênico” que abrange todo e qualquer mecanismo, efeito fisiológico, nutricional ou farmacológico que seja capaz de melhorar a performance nas atividades físicas esportivas, ou mesmo ocupacionais.

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