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quarta-feira, 28 de março de 2012

Estresse Muscular

 

Desperdício Mecânico e Dissipação de Forças por Estresse Muscular na Prática de Exercícios de Contra Resistência

 

Execute corretamente os movimentos dos exercícios de musculação para evitar o desperdício de forças

 

Sabe-se que o treinamento de força, além de depender da intensidade, da duração e da repetição dos exercícios, depende também do empenho individual. Por outro lado, cumpre não esquecer a importância da mecânica correta para se obter um bom desempenho no plano dos exercícios físicos. Importa ainda, para um bom desenvolvimento físico, que a prática de exercícios de contra resistência esteja associada a certos princípios e métodos de treinamento.
Sabe-se também que, um desenvolvimento mecânico inadequado acarreta, mais cedo ou mais tarde, um trabalho muscular que propicia, além do desperdício mecânico, uma hipertrofia muscular de aspecto assimétrico. O correto trabalho mecânico, ou seja, a correta aplicação das forças que agem sobre o corpo, é um fator decisivo para o desenvolvimento de uma hipertrofia muscular de aspecto simétrico. Surge então a questão: o estresse muscular intervém em todo trabalho mecânico, e todo trabalho mecânico é o meio pelo qual se obtém uma boa hipertrofia?


A incidência de forças dissipadas que ocorre durante um determinado trabalho muscular, é composta por uma série de desvios de natureza funcional. Na medida em que verificamos o desvio funcional manifestado num trabalho muscular incorreto, começamos a descobrir que toda tensão provocada pela força de um músculo, acaba por ser desviada para outro músculo. Ou seja, um desvio funcional se dá pela aplicação incorreta de uma força, em relação a um trabalho muscular não almejado.
Assim sendo, observa-se que, durante a realização de exercícios de contra resistência, é importante que se leve em conta os efeitos que ocorrem quando uma determinada força é dissipada. Pois, a dissipação desta força pode acarretar ao longo prazo, em sucessivos desvios funcionais. Desta forma, é importante que saibamos distinguir a incidência de forças que levam a uma hipertrofia simétrica, na qual damos o nome de boa hipertrofia, daquelas que induzem a uma hipertrofia assimétrica ou má hipertrofia.
Observa-se ainda que, durante a manifestação de uma contração muscular, todo gasto de força tem como objetivo planejado, o alcance e o bom desempenho de um movimento racionalmente orientado. E que, no intuito de se alcançar um correto trabalho mecânico, cumpre evitar por todos os meios, à utilização de forças que estejam fora do objetivo planejado. Pois toda força obtida fora do objetivo planejado, é tida como força desperdiçada. É bem verdade que sempre que se dá desperdício mecânico em relação a um exercíciopelo músculo, o que acontece é seu reaproveitamento por outro músculo.
Uma vez que, a existência de todo desperdício mecânico oriundo de uma força fora do objetivo planejado, se dá pelo desvio deuma força devidamente planejada em relação à sua finalidade, sob a ausência do estresse muscular, surge então uma segunda questão a ser investigada: o desperdício mecânico que se dá por meio de uma incorreta manifestação de um movimento articular, se origina devido ao estressede natureza mecânica ou de natureza biológica?
A ideia básica do estudo consiste em delimitar o foco da pesquisa, no exame dos movimentos articulares, no exame dos ângulos articulares, e ainda, no exame dos músculos que estarão envolvidos na execução do exercício. E uma das ciências a ser consultada, no intuito de se obter os conhecimentos referentes a estes exames, é a biomecânica, pois um de seus pontos chaves é o estudo do movimento, numa perspectiva da dinâmica muscular.
Um princípio básico que nunca deve ser esquecido é o de que o corpo humano é regido por uma serie de reações fisiológicas que estão envolvidas no processo de formação da energia mecânica. Tendo em vista o que acabo de dizer, o movimento manifestado durante a realização de um exercício de contraresistência, deve direcionar essa energia mecânica e não dissipá-la em movimentos estressantes e fatigantes. E o direcionamento dessa energia mecânica é uma das motivações que me levou a formular sobre a escolha do tema proposto.
Concluindo, cabe sempre ter presente que, ao médio ou ao longo prazo, os movimentos mecânicos estressantes nunca são inócuos, ou bem tais movimentos levam a uma saudável hipertrofia, ou bem redundam em estresses estruturais ou funcionais ao músculo. Assim sendo, o objeto de análise a ser estudado têm por base, conceitos e princípios biomecânicos e fisiológicos referentes à mecânica da contração muscular. E possui como objetivo geral, investigar sobre os efeitos cíclicos do desperdício mecânico, por prática de movimento articular incorreto, induzido pelo estresse muscular.

 

 Por Sanderson Cavalcanti

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Período noturno



Comer Antes de Dormir Engorda?

 

Comer antes de dormir pode contribuir ou não para engordar, a depender do tipo de alimento que será ingerido no período noturno

 

Algumas pessoas acreditam no tabu criado em cima da afirmação de que: “Comer antes de dormir engorda!”. Mas até onde isso é verdade? E será mesmo?

Quando dormimos nosso organismo está em jejum, ou seja, tudo vai depender da maneira como você dorme e do objetivo que deseja atingir.
Se dormimos adequadamente – sete a nove horas por noite – ficamos em jejum durante longas horas noturnas.
Quem pretende ganhar massa muscular não pode ficar tanto tempo em jejum durante o dia, tal com fica à noite.
Um período de duas horas sem comer já é o suficiente para o açúcar no nosso sangue começar a cair. O cérebro depende da glicose para funcionar. Na falta de glicose, nosso corpo reage quebrando o tecido muscular e convertendo os aminoácidos em glicose. Os músculos se transformam em combustível para o funcionamento correto de nosso cérebro.
É necessário entender que, durante à noite, nosso organismo sofre uma redução metabólica. O gasto energético é reduzido, o metabolismo fica lento.
Por isso, de certa forma, comer antes de dormir tende sim a aumentar o ganho de peso.
O acúmulo da gordura no nosso corpo é resultado do balanço positivo de calorias que ingerimos no decorrer do dia (calorias ingeridas menos calorias gastas). O que sobra e não é colocado ‘para fora’ vai se transformar em tecido adiposo – armazenamento de gordura.
É uma questão lógica: durante o dia gastamos muita energia e nosso metabolismo funciona em ritmo acelerado. Desse modo, podemos comer de 3 em 3 horas, pois o gasto de energia é elevado.
Durante a noite, como visto, o gasto de energia é reduzido. Daí o motivo pelo qual nutricionistas sempre recomendam o consumo de alimentos leves antes de dormir.
Nutricionistas apontam, tecnicamente, que nosso organismo trabalha em um ciclo metabólico que depende da luz do sol.
Nossa íris, ao reconhecer um ambiente sem luz, envia um sinal para o nosso organismo avisando que está na hora de liberar os hormônios, entre eles a melatonina.
O corpo entende que está chegando a noite e hora de reduzir as atividades metabólicas para descanso. É necessários relaxamento para o metabolismo ser reduzido.
É importante que as pessoas tenham consciência de que gastamos menos energia e que por isso devemos equilibrar as ingestões à noite.
E vale também lembrar que uma pessoa que mantém uma vida saudável e come com horários estabelecidos durante o dia vai saber controlar sua fome durante a noite, sem pecar por excesso.
O problema da refeição pesada antes de dormir não está apenas em ganhar peso, mas também nas dificuldades para digestão, que podem implicar numa péssima noite de sono, o que também faz toda diferença para quem quer manter o peso.
O nosso organismo libera entre as 5 e 8 horas da manhã um substância chamada de cortisol, que provoca a sensação de saciedade no organismo.
Pessoas que acordam muito cedo ou que acordam muitas vezes à noite sentem mais fome e sofrem desequilíbrio na ingestão calórica diária.
Concluímos que comer antes de dormir realmente engorda se você não souber quais alimentos consumir neste período.
De certa forma, podemos nos alimentar de forma saudável e sem correr este risco. Para isso, é preciso buscar por alimentos leves, tais como: saladas, mingau, sopas e caldos, que são ricos em protéinas e possuem baixo teor calórico. E, claro, deixar de lados os carboidratos e gorduras, estes os grandes vilões das noites.

                                                                

                                                                     Por Carolina Machite

 



Quantos Dias da Semana Deve-se Treinar para Ganhar Massa Muscular?

 

Quanto maior a intensidade do exercício, maior deverá ser o tempo de descanso para a próxima sessão de treinamento

 

Em um programa de treinamento em musculação para o ganho de massa muscular segue-se primeiramente uma fase se adaptação a pratica de exercícios, onde o mais indicado para pessoas sem nenhuma restrição médica é a realização de 5 sessões semanais, com o intuito de que o aluno se familiarize com o ambiente.

A execução de gestos motores que não fazem parte da sua memória motora devem ser assimilados de maneira correta para que mais à frente não ocorra nenhum tipo de lesão devido à execução incorreta do movimento.
É recomendado que este treinamento seja realizado com uma maior volume e menor intensidade, justamente para que o individuo realize um numero alto de repetições e aprenda a executar o movimento de maneira correta.
A rotina semanal segue uma característica relacionada ao volume/intensidade, levando-se em consideração isto podemos analisar que, quanto maior a intensidade do exercício maior devera ser o tempo de descanso para a próxima sessão de treinamento.
De acordo com o percentual de intensidade do exercício é recomendado um descanso entre 24 a 48 horas para que o organismo possa se recuperar do estimulo que lhe foi dado.
Durante o exercício físico ocorre um depledação de substratos e nutrientes que são utilizados como fonte de energia durante o exercício, e durante o descanso, juntamente com uma alimentação correta que podemos aumentar a nossa hipertrofia muscular “Massa Muscular”.
O mais adequado a fazer para que você consiga alcançar o seu objetivo é procurar um professor de Educação Física para montar sua rotina de treinamento, respeitando vários aspectos fisiológicos e individualizados para a montagem do seu programa de treinamento.
Seguem abaixo alguns modelos semanais de treinamento, mais não esqueçam que isso não é uma receita de bolo que o resultado será o mesmo sempre, cada organismo reage de forma diferenciada a determinados estímulos, “principio da individualidade biológica”.

Rotina Semanal Iniciantes:
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Treino Treino Treino Treino Treino DESCANSO DESCANSO
Rotina Semanal Intermediário:
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Treino Treino DESCANSO Treino Treino DESCANSO DESCANSO
Rotina Semanal Avançado:
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
   Treino DESCANSO Treino DESCANSO Treino DESCANSO Treino

 

                                  Por Danilo da Silva Ferreira

Fase Platô




Como Periodizar o Treinamento para Quebrar a Fase Platô?

 

Nos primeiros meses de treinamento o crescimento é excelente. Com o passar do tempo, os ganhos diminuem ou não ocorrem, mesmo com treinamento a todos gás e alimentação correta. O que fazer?

 

Parei de crescer. Não ganho mais massa muscular. E agora?

Quem já treina há muito tempo já deve ter feito esse questionamento em algum momento.
Nos primeiros meses de treinamento o crescimento é excelente. Com o passar do tempo, os ganhos diminuem ou não ocorrem, mesmo com treinamento a todos gás e alimentação correta.
O crescimento que se vivencia nas fases iniciais de treinamento nada mais é do que uma adaptação frente à demanda exigida pelos estímulos oferecidos nos treinos.
Há uma espécie de “quebra” no equilíbrio fisiológico do organismo. Como repercussão, há adaptações que forçam a musculatura a se adequar a tal situação.
Esse estado de equilíbrio fisiológico é chamado de homeostase, condição metabólica na qual o corpo tenta balancear da melhor forma a razão catabolismo/anabolismo.
Vivemos o tempo todo em processo de homeostase, que é alheio à nossa vontade. Mas podemos revertê-lo a nosso favor, por metodologia adequada e inteligente.
Lembre-se que, não raramente, o catabolismo é uma condição necessária para o anabolismo. Soa contraditório?
Não é. É simples. Cite-se como exemplo a quebra da molécula de glicose. É necessário que haja uma reação catabólica para que se processe uma situação antagônica, ou seja, de anabolismo.
A glicólise (quebra da glicose), embora uma reação notadamente catabólica, fornece a energia necessária para a síntese de outras substâncias, resultando numa situação anabólica.
O treino físico consiste de uma série de reações eminentemente catabólicas (degradação de glicogênio, de aminoácidos, ácidos graxos, e assim por diante), que repercutem numa situação anabólica.
O treinamento é um agente agressor. Provoca catabolismo. Logo, deve ser aplicado da forma mais consciente possível.
Por exemplo, não treine quando estiver doente. Nessas condições, provoca-se enorme estresse que resulta mais em prejuízo do que em benefício.
E o que isso tem a ver com quebra da homeostase e com a razão anabolismo/catabolismo?
O treinamento continuado por longos períodos gera adaptação do organismo, e os estímulos deixam de funcionar como outrora. Isso é normal.
O corpo sabe muito bem como se adaptar a situações de estresse, adequando-se rapidamente aos estímulos oferecidos pelo treinamento.
Por isso, devem ser impostas mudanças constantes nesses estímulos.
Essas mudanças são chamadas de periodização do treinamento. Periodizar nada mais é do que um gerenciamento planejado das variáveis de treinamento.
Se o treino é realizado com determinada intensidade e volume, de forma condicionada e repetida, sem inovações e mudanças, por que então o organismo iria se adaptar?
Nesse caso, o máximo que se obtém é a manutenção dos ganhos já alcançados.
Para se impor um novo ritmo de ganho e crescimento, deve-se dar uma boa bagunçada na tal homeostase instalada. Aí que entra o principio da sobrecarga.
Imagine músculos que estejam bem condicionados a uma carga específica. Eles se encontram em equilíbrio com a demanda, ou seja, em homeostase.
Para que haja crescimento, ganho de mais massa muscular, deve-se “quebrar” novamente esse estado de equilíbrio.
Daí a necessidade de periodização. Os estímulos não podem ser saturados. Há autores que classificam essa estagnação das aptidões obtidas em função do treinamento como fase de “platô”.
Precisa-se mudar regularmente as cargas e repetições do treinamento, sua duração e freqüência, a fim de se renovar tais estímulos. Essa é a ideia geral da periodização.
Como periodizar o treinamento? Deve-se mudar todo o esquema de treinos para evitar que os ganhos estacionem? Ou deve-se esperar o momento onde perceptivelmente não se consegue melhorar?
Joe Weider, na década de 60, percebeu que a musculatura deixava de responder aos estímulos quando os treinos tendiam a se tornar repetitivos por longos períodos.
Os atletas que faziam mudanças periódicas em suas planilhas de treinamento conseguiam manter o crescimento. Atletas que treinavam de modo repetitivo não obtinham bons progressos.
Weider denominou este princípio de “confusão muscular”. Propôs mudanças na intensidade, volume e frequência de treinamento, bem como a ordem e combinação de exercícios, sempre que se atingisse uma certa saturação do estímulo.
Muito se tem discutido sobre periodização do treinamento esportivo e, mais recentemente, sobre treinamento resistido.
A periodização ondulatória, que é defendida pela maioria dos autores como a mais eficiente, propõe uma mudança muito mais freqüente e constante no treinamento.
Ela reserva grandes semelhanças com o princípio de confusão muscular de Weider.
Estipular mudanças na planilha de treinamento é algo que deve ser estabelecido de acordo com metas e objetivos pessoais. A comutação das variáveis deve ser coesa e inteligente. A “confusão” deve ser nos músculos, e não no cérebro do atleta.
A recomendação é se espelhar no treinamento dos bodybuilders profissionais, ótimo exemplo de periodização.
Fisiculturistas costumam possuir uma metodologia de treinamento bastante simples. Dividem um ano ou semestre (macrociclo) em fases. A fase maior (macrociclo) é dividida em fases menores de algumas semanas a meses (mesociclos) visando ao ganho de força e potência (período de base), à construção muscular (período de hipertrofia, mesociclo que basicamente pode ser dividido em tensional ou metabólico) e à definição muscular (mesociclo correspondente à fase de período específico).
Os microciclos podem ser inseridos nos mesociclos, como por exemplo: período de choque, transição, e assim por diante.
A periodização é inútil se não houver um plano nutricional condizente. A ingesta calórica deve, obrigatoriamente, ser compatível com as fases de treinamento, exatamente com ocorre no bodybuilding profissional.
Não faz sentido contar calorias na fase de treinamento direcionada para o crescimento muscular. Tampouco não se pode empanturrar de comida na fase de definição.
Alimentação adequada a cada ciclo de treinamento é fator FUNDAMENTAL para se lograr êxito.
Estabeleça objetivos, trace períodos de forma coerente com a sua realidade. Compreenda que rotina de treinamento é apenas uma força de expressão.
Ainda que o treinamento pareça repetitivo, fixe metas e avance um pouco mais em cada sessão de treinamento, de acordo com a aptidão desejada.
Sempre haverá um nível mais alto a ser alcançado. Para conquistá-lo, valha-se de inteligência, determinação e destreza.


                                                                                   Por  Madilson Medeiros